Para
acabar com o abandono na EJA
Algumas iniciativas adotadas pela
equipe gestora podem fazer com que jovens e adultos não desistam de estudar
Marcelo Andrade (novaescola@atleitor.com.br).
Com reportagem de Anderson Moço, de Niterói, RJ, Beatriz Santomauro, de São
João do Oeste, SC, e Paola Gentile, de Silves, AM
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil
convive historicamente com um alto índice de evasão. Dos 8 milhões de pessoas
que frequentaram o curso até 2006, 42,7% não chegaram a terminá-lo, segundo
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007. As razões
para esse índice ser tão alto vão desde a incompatibilidade entre o horário das
aulas e o trabalho até a metodologia, que não respeita as especificidades desse
aluno. Na tentativa de diminuir esses números, o governo federal tem ampliado,
nos últimos anos, os investimentos no setor, com destaque para a inclusão da
EJA no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação, o Fundeb, e nos programas de escolha
de livros didáticos e repasse de verba para a alimentação escolar. As políticas
públicas têm um papel fundamental na garantia desse direito e na melhoria do
cenário. No entanto, iniciativas dos gestores também podem contribuir - e muito
- para reduzir a evasão.
A EMEF Reginaldo de Souza Lima, em Paragominas, a 306 quilômetros de Belém, por exemplo, repensou seu projeto político-pedagógico para manter os adultos na escola depois de constatar, por meio de uma pesquisa feita com os alunos em 2008, que a rotina do trabalho era o principal motivo das faltas. "Os empresários exigem escolaridade dos funcionários, mas nem sempre os ajudam a conquistá-la", afirma o professor de Matemática Carlos Alberto Tourinho, idealizador da pesquisa. Com base nos resultados, a direção adotou uma série de medidas, como flexibilizar o horário de entrada na sala de aula e propor datas alternativas para as provas quando os alunos não podem ir por motivos de trabalho. Além disso, a equipe gestora também entrou em contato com empresários do setor de transporte para que ampliassem a oferta de linhas de ônibus em locais próximos às escolas no período noturno. O resultado positivo das mudanças fez com que elas fossem adotadas por todas as escolas da rede que têm turmas de EJA por determinação da Secretaria Municipal de Educação.
A EMEF Reginaldo de Souza Lima, em Paragominas, a 306 quilômetros de Belém, por exemplo, repensou seu projeto político-pedagógico para manter os adultos na escola depois de constatar, por meio de uma pesquisa feita com os alunos em 2008, que a rotina do trabalho era o principal motivo das faltas. "Os empresários exigem escolaridade dos funcionários, mas nem sempre os ajudam a conquistá-la", afirma o professor de Matemática Carlos Alberto Tourinho, idealizador da pesquisa. Com base nos resultados, a direção adotou uma série de medidas, como flexibilizar o horário de entrada na sala de aula e propor datas alternativas para as provas quando os alunos não podem ir por motivos de trabalho. Além disso, a equipe gestora também entrou em contato com empresários do setor de transporte para que ampliassem a oferta de linhas de ônibus em locais próximos às escolas no período noturno. O resultado positivo das mudanças fez com que elas fossem adotadas por todas as escolas da rede que têm turmas de EJA por determinação da Secretaria Municipal de Educação.
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